O Tour do Salar de Uyuni saindo do Deserto do Atacama é um dos principais passeios para fazer na região. Neste post você confere como é Tour de três dias de passeio e a melhor época para combinar os dois destinos.
Combinando o Salar de Uyuni e o Deserto do Atacama
Será que vale a pena conhecer os dois destinos na mesma viagem? A resposta a essa pergunta é fácil: Óbvio que sim! Mas para isso é necessário que você tenha pelo menos 8 dias inteiros no Deserto do Atacama, pois para ir e voltar ao Salar do Uyuni são necessários 4 dias.
Melhor época para conhecer o Salar de Uyuni e o Deserto de Atacama na mesma viagem
Se você for de abril a dezembro poderá combinar o Deserto do Atacama e o Salar de Uyuni tranquilamente, já que nesses meses não chove. Mas você verá o Salar de Uyuni seco, ou seja, aquela imensidão de sal branco, a paisagem é muito bonita.
Os meses complicados para viagem são janeiro e fevereiro. Nesses meses chove e o salar fica alagado e com isso surge o efeito espelhado. Particularmente a paisagem desta época é minha preferida. Mas, você pode acabar lá em um dia de chuva e então a paisagem pode não estar tão bonita quanto você imaginava.
Para quem quer ver o salar espelhado indicaria março, pois tem menor possibilidade de chuva. Ainda assim pode chover. Nós fomos em fevereiro e pegamos chuva no Atacama (sim, no deserto mais seco do mundo) e no Salar de Uyuni, o que deixou nossa viagem bem complicada. Mesmo assim, eu faria tudo de novo.
Preços do Tour do Salar de Uyuni de Três dias
O preço do tour do Salar de Uyuni foi 185 USD por pessoa com tudo incluso: alimentação, transporte e hostel. Fizemos o Tour em Fevereiro deste ano (2018). A empresa escolhida foi a Skyline, e correu tudo bem.
Explicando o Tour do Salar de Uyuni
O tour saindo do deserto do Atacama ao Salar de Uyuni pode ser feito de duas maneiras:
1ª Três dias de tour em que no final, depois de uma manhã no salar, você é deixado na cidade de Uyuni.
2ª Quatro dias de tour no qual, depois de passar a manhã do terceiro dia no salar, logo após o almoço, você começa a regressar para o Deserto do Atacama, chegando ao destino no quarto dia.
Se você quiser conhecer algumas cidades da Bolívia a primeira opção é melhor. Se você comprou um voo de ida e volta pelo Chile, faça o tour da segunda maneira.
Primeiro dia: Lagunas e Gêiseres
Saímos do deserto muito animadas. Era fevereiro e neste mês ocorre o chamado inverno antiplânico. O nosso primeiro problema começou com a fronteira do Chile fechada por conta de neve na estrada para a Bolívia. Ficamos umas duas horas esperando a fronteira abrir.
Depois que a fronteira abriu foi só alegria. E ainda tivemos o gostinho de ver neve pelo caminho. A paisagem era linda. Eu não imaginava ver tantos vulcões pelo caminho. Neste primeiro dia paramos para nadar nas águas termais e para ver os gêiseres Sol de la Mañana. Também paramos em algumas lagunas pelo caminho como a Laguna Blanca e a Laguna Roja.
Importante dizer que neste dia o efeito da altitude foi mais forte. Mas ninguém do nosso grupo teve mais que dores de cabeça. As folhas de coca que compramos em São Pedro do Atacama foram essenciais para que nosso grupo ficasse bem. Quando a dor de cabeça começava eu mastigava um pouco da folha e logo melhorava, o efeito era muito rápido e eficaz.
Esse dia terminou com nossa chegada ao hostel. Esse dormitório é o mais simples da viagem. Ouvi relatos de pessoas que dormiram no chão e passaram frio. Nós dormimos em camas, em quartos compartilhados. Tinha muita coberta, não precisamos de saco de dormir. Foi muito tranquilo. Mas lembrem-se que era fevereiro. O único inconveniente era não ter água quente, nem internet. Após as 22 horas da noite também não havia luz elétrica.
Segundo dia: Formações rochosas e precipícios
No segundo dia vimos muitos tipos de formações rochosas. Pedras que se pareciam com um camelo, ou mesmo com a taça da copa do mundo. Também fomos a um lago envolto em pedras, que tinha uma paisagem muito diferente de tudo que já vi.
Vimos lhamas, muitas delas. E fomos até um precipício enorme. Atrás deste precipício um rio cheio de curvas que nosso guia disse se chamar anaconda, por conta de lembrar uma cobra.
Terminamos nosso dia com a chegada em Uyuni. O hotel novamente era bem simples. Mas nesse último dia já estávamos em quartos privativos, tínhamos internet e água quente. Então foi bem tranquilo.
Nós não dormimos no hotel de sal. Como era época de chuvas, estava perigoso dormir em um hotel feito de sal. Se você for na época seca provavelmente dormirá nesse hotel, e neste caso é importante perguntar sobre os sacos de dormir pois lá faz frio.
Terceiro dia: Enfim o Salar de Uyuni
Nosso terceiro dia no Uyuni foi bastante peculiar. Isso porque estava chovendo muito, havia uma neblina e não conseguíamos ver nada. Eu nunca tinha visto o Salar de Uyuni daquele jeito. Nem pensei na possibilidade de chover enquanto eu visitava o salar, foi um pouco decepcionante.
Tiramos algumas fotos. Mas o vento, a chuva e o frio deixaram nosso grupo bem desanimado. Passamos a manhã no salar. Depois seguimos ao cemitério dos trens, um lugar com várias carcaças de trem abandonadas. Quando chegamos lá o tempo começou a abrir.
O almoço do grupo era a última etapa do nosso tour. Enquanto comíamos reparamos que o tempo abriu totalmente, restando apenas algumas nuvens. Foi ai que surgiu a ideia de voltar no Salar de Uyuni novamente. Uma vez que nosso tour já estava terminado, tivemos que pagar nosso motorista para ele nos levar de volta, e valeu cada centavo.
Chegamos de volta com o salar refletindo o céu azul. Estava lindo! Exatamente do jeito que esperávamos encontrá-lo desde o princípio. O humor do grupo era outro.
Ficamos lá até o pôr do sol. E naquele dia vimos dois sóis se porem, um no céu e o outro refletido no Salar de Uyuni. E assim terminou nossa viagem.
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